terça-feira, 12 de abril de 2016

AS SEGUNDAS TÁBUAS DA LEI

AS SEGUNDAS TÁBUAS DA LEI
(EX 34:1-9)


1 - ENTÃO disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste.
COMENTÁRIO
A ordem para lavrar duas tábuas de pedra é uma demonstração da grande misericórdia divina. Apesar da situação provocada pelo povo no momento em que Deus estava instruindo Moisés a respeito da adoração e do tabernáculo, o Senhor deu aos israelitas uma nova oportunidade. Mais uma vez, Ele os orientaria acerca do caminho idôneo.
V.D DECÁLOGO.
V.D TÁBUAS DE PEDRA.
2 - E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali põe-te diante de mim no cume do monte.
COMENTÁRIO
A misericórdia de Yahweh é vista em sua aquiescência ao pedido de Moisés por uma experiência ainda mais próxima do que a que o profeta tinha com o Deus vivo.
V.D SINAI.
PRONTIDÃO
Para o serviço espiritual:
(2CO 8:19; 9:2; 2TM 2:21; Tt 3:1; 1PE 3:15; 5:2).
3 - E ninguém suba contigo, e também ninguém apareça em todo o monte; nem ovelhas nem bois se apascentem defronte do monte.
COMENTÁRIO
nenhum homem deve vir para cima com | ti nem bandos | nem rebanhos Todas essas representações foram feitas a fim de que a lei possa ser uma segunda vez renovada, com a solenidade e santidade que marcou seu primeiro parto. toda a transação foi ordenada de forma a impressionar as pessoas com um sentimento horrível da santidade de Deus, e que era uma questão de momento não trivial para o sujeitar, por assim dizer, a necessidade de re-entrega da lei dos dez mandamentos. 
4 - Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, como as primeiras; e levantando-se pela manhã de madrugada, subiu ao monte Sinai, como o SENHOR lhe tinha ordenado; e levou as duas tábuas de pedra nas suas mãos.
COMENTÁRIO
Como na preparação do povo no capítulo 19, o aviso para ninguém subir ao monte com o profeta foi feito com o propósito de proteger os desatentos ou os curiosos que morreriam caso pisassem no solo sagrado.
MADRUGAR
(GN 19:27; 26:31; EX 8:20; 34:4; JS 3:1; 6:15; JZ 6:38; 1SM 5:4; 9:26; 15:12; 17:20; 2CR 20:20; PV 31:15; DN 6:19; MC 16:2).
V.D OBEDIÊNCIA.
5 - E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR.
COMENTÁRIO
Como no capítulo 19, este versículo descreve uma epifania: a aparição do Senhor em uma grande descida ao encontro do ser humano. Como nas outras vezes (Ex 33.9-11), o povo viu a nuvem, a qual Moisés sabia que era o símbolo visível do Deus vivo perante ele. O Senhor proclamou Seu nome a Moisés, expressando Seu caráter, Suas maravilhas e Sua misericórdia.
EPIFANIA
Epifania significa aparição ou manifestação de algo, normalmente relacionado com o contexto espiritual e divino.
V.D NOME PODEROSO.
V.D NUVEM.
6 - Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade.
COMENTÁRIO
O verbo traduzido do hebraico como passar ( 'abar, cruzar) é o mesmo verbo que descreve a jornada de Abraão por Canaã (Gn 12.6). Provavelmente o nome Abraão é derivado desse verbo. Neste versículo o termo fala do “movimento” do Senhor perante Moisés. À medida que o Senhor passava por Moisés, Ele proclamava o sentido de Seu nome Yahweh (Ex 3.14,15), revelando Seu gracioso caráter de uma forma inesquecível. De fato, este texto é a base para a compreensão do caráter de Deus. As palavras misericordiosas e piedosas transmitem a ideia de um Deus predominantemente gracioso. A expressão tardia em iras, de acordo com o conceito no idioma hebraico, significa que Deus demora a enfurecer-se. Em outras palavras, diríamos que Ele é paciente. No tocante à Sua beneficência, o termo no hebraico correspondente a este vocábulo significa amor leal. Como última característica do S e nhor mencionada neste trecho, a verdade encontra como equivalente o termo que transmite a ideia de fidelidade, autenticidade e constância. (Quando o Evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra, há a celebração do fato de que Ele é cheio de graça e de verdade Qo 1.14,17). Desta forma, João ecoa as palavras desta passagem. Segundo o apóstolo, ver Jesus é ver o Pai (JO 1.18).
V.D BONDADE DE DEUS.
LONGANIMIDADE
DE DEUS:
(NM 14:18; IS 48:9; EZ 20:17; RM 9:22; 1PE 3:20; 2PE 3:9).
Longanimidade
Longanimidade é um substantivo feminino da língua portuguesa e define alguém que possui a característica ou qualidade de grandeza de ânimo, uma pessoa que encara com coragem as adversidades a favor de alguém. Este termo está relacionado com o ato de ser bondoso ou generoso. 
A paciência extrema para suportar ofensas, injúrias ou os próprios sofrimentos também pode ser um exemplo de longanimidade. 
O significado livre da palavra de origem hebraica é "vagaroso em irar-se", ou seja, alguém que demora em entrar em estado de ira, raiva ou rancor. Na versão grega da expressão (makrothymía), o significa literal seria "longura de espírito". 
MISERICÓRDIA
DIVINA
(GN 18;26; 19:16; ED 9:13; NE 9:17,31; SL 103:11).
DEUS DA VERDADE
(DT 32:4; 2SM 7:28; SL33:4; 146:6; IS 65:16; RM 3:4; Tt 1:2; HB 6:18).
7 - Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração.
JUSTIÇA DIVINA
(DT 32:4; SL 103:6; PV 16:11; IS 45:21; SF 3:5; JO 5:30; RM 2:2; AP 15:3).
FRAQUEZA DOS PAIS
Seus pecados visitados nos filhos:
(EX 20:5; 34:7; LV 26:39; NM 14:18,33; JÓ 21:19; IS 14:21; JR 32:18).
V.D MISERICÓRDIA.
PERDÃO DIVINO
Prometida:
(LV 5:10; SL 103:3; 130:4; EZ 18:22; MT 6:14; MC 3:28; AT 5:31 13:38; 26:18; EF 1:7; TG 5:15; 1JO 1:9).
8 - E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou.
COMENTÁRIO
34.7,8— Milhares [...] terceira e quarta geração. Esta expressão nos lembra das palavras de Êxodo 20.5,6, mas a ordem aqui é trocada com finalidade enfática. O fato é que Deus prefere mostrar Sua beneficência a revelar Sua ira. Contudo, Sua ira também é real (Ex 32.34,35; SI 90.11).
V.D ADORADORES.
V.D REVERÊNCIA.
9 - E disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo de dura cerviz; porém perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança.
COMENTÁRIO
O clamor expresso na sentença vá agora o Senhor no meio de nós indica que Moisés ainda estava pedindo pela reversão do julgamento que Deus anunciou em Êxodo 33.1-3. O Senhor responderam a essas requerentes palavras restaurando a aliança com Israel (v. 10-28).
V.D PRESENÇA DIVINA.
V.D FAVOR DIVINO.
ADOÇÃO
(DT 14:2; IS 43:1 63:16; EZ 16:8; OS 11:1; JO 1:12; RM 8:15; 2CO 6:18; GL 3:26; 4:5-6; EF 1:5)
TEIMOSIA
Advertência:
(SL 32:9; 78:8; IS 46:12; 48:4; ML 2:2).
PERDÃO DIVINO
Procurado:
(EX 32:32; 34:9; NM 14:19; 1SM 15:25; 2SM 24:10; SL 25:11; 51:1; DN 9:19).
DEUS FAZ UMA ALIANÇA E ADMOESTA CONTRA A INFEDELIDADE
(EX 34:10-17)
10- Então disse: Eis que eu faço uma aliança; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem em nação alguma; de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do SENHOR; porque coisa terrível é o que faço contigo.
COMENTÁRIO
UMA ALIANÇA. ASSIM como a presença de DEUS, fora revelada com milagres no meio do SEU povo, no EGITO, em prol dos israelitas e contra seus perseguidores, agora também, a repetição da presença de DEUS pleiteada por MOISÉS, (EX 34:9), seria uma coisa terrível.HAVERIA milagres para despertar o temor, a reverência e para a destruição dos idólatras pagãos de CANAÃ (EX 34:11-16).
ALIANÇA DIVINA
(GN 17:2; EX 6:4; NM 25:12; JZ 2:1; 2SM 7:12; SL 89:28; IS 59:21).
MARAVILHA DE DEUS
(EX 4:21; 15:11; JS 3:5; SL 77:14; DN 4:3; JL 2:30; AT 6:8).
OBRAS DE DEUS
(SL 8:3; 19:1; 26:7; 40:5; 111:4; 139:14; EC 3:11; AP 15:3).
OBRAS DE DEUS
Referidas Como obras do SENHOR:
(GN 24:50; 1SM 3:11; SL 118:23; 126:3; IS 28:21 29:14; MT 21:42).
11- Guarda o que eu te ordeno hoje; eis que eu lançarei fora diante de ti os amorreus, e os cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus.
COMENTÁRIO
34.10,11 — Com a declaração faço um concerto, o versículo 10 introduz a renovação da aliança. A mensagem é completada nos versículos 27 e 28. Concomitante ao anúncio do concerto está à promessa de que o povo veria maravilhas (hb. nôra, de yare', verbo que significa temer), isto é, a conquista de Canaã. A extrema recusa de Israel em obedecer ao comando divino e conquistar a terra (Nm 13; 14) deve ser vista à luz dessa extraordinária promessa (Dt 4-32-40).
AMORREUS
Descendentes de CANAÃ:
(GN 10:16; 14:7; 15:16; 48:22; EX 23:23; JS 24:12; AM 2:9).
V.D CANANEUS.
V.D JEBUSEUS.
V.D CANAÃ.
HEVEUS
Uma das nações de CANAÃ:
(GN 10:17; EX 23:28; JS 9:1; 11:3; 1RS 9:20).
12- Guarda-te de fazeres aliança com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti.
COMENTÁRIO
Não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar. Israel foi proibido de fazer acordos com os povos vizinhos. Em vez disso, os israelitas teriam de destruir aquelas nações, a fim de que não fossem arruinados pelas perversas ideias e pela falsa religião dos cananeus. Os próximos versículos (v. 13-16) repetem algumas das características principais da aliança de Deus com Seu povo. Estes são os comandos que Israel abandonaria tão rapidamente.
ASSOCIAÇÕES MÁS
(EX 23:2,33; 34:12; SL 1:1; PV 1:15; 4:14; 22:24; 23:6; 24:1 1CO 5:9,11; 2CO 6:14; 2JO 10).
V.D SEPARAÇÃO.
FONTES DE TENTAÇÃO
Armadilhas mundanas:
Deuses falsos (EX 23:33).
Alianças pecaminosas (EX 34:12).
Prata e ouro (DT 7:25).
Associações más (IS 23:13).
Idolatria (SL 106:26).
Votos violados (PV 20:25).
Amizade com pessoas violentas (PV 22:25).
Zombarias (PV 29:?8).
Avareza (1TM 6:9).
13- Mas os seus altares derrubareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis.
COMENTÁRIO
Altares (Ex 23.24) e estátuas eram símbolos que focavam a sexualidade. As últimas eram representações de Aserá, a deusa da fertilidade dos cananeus (conhecida pelos gregos como Astarote).
POSTES ÍDOLOS
Bosques e lugares onde havia santuário idolatra:
(DT 12:2; 16:21; JZ 6:25; 1RS 14:15; 16:33; 2RS 18;4; 21:3; 23:14; 2CR 14:3; 17:6; IS 17:8).
DESTRUIÇÃO DE ÍDOLOS
(EX 23:24; 34:13; NM 33:52; DT 7:5).
14-Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; é um Deus zeloso.
COMENTÁRIO
A expressão diante de outro deus é uma reiteração do segundo mandamento (Ex 20.3).
IDOLATRIA
Proibida (GN 35:2).
(EX 20:4; 34:17; LV 26:1; DT 7:25; 11:16; 16:22; 16:22; SL 81:9; IS 42:8; 1JO 5:21).
CIÚMES
Divino:
(EX 20:5; 34:14; DT 4:24; 29:20; JS 24:19;1RS 14;22; 1CO 10:22).
15-Para que não faças aliança com os moradores da terra, e quando eles se prostituirem após os seus deuses, ou sacrificarem aos seus deuses, tu, como convidado deles, comas também dos seus sacrifícios,
COMENTÁRIO
Infelizmente, é provável que a expressão não se prostituam não tenha sido apenas uma figura de linguagem. A infidelidade ao Senhor era frequentemente manifestada em ritos sexuais que envolviam a prostituição cultual (de homens e mulheres), o ato de uma suposta união com Baal, Aserá e outras divindades pagãs. No alerta presente neste versículo, Deus adverte o povo do perigo da influência Cananeia, chamando a atenção de Israel com a proibição nem comas dos seus sacrifícios. Este ato alude à festa do amor que precedia à orgia, similar ao episódio com o bezerro de ouro (Ex 32.5,6,19,25).
APOSTASIA
(1TM 1:19; 4;1; 2TM 4:4; HB 3;12; 2PE 3:17).
O que é Apostasia:
Apostasia significa a ação de renegar algo, normalmente relacionado com a renúncia de uma religião ou da fé religiosa.
Consiste na condição de afastamento total e definitivo de alguma coisa, como uma doutrina, ideologia e etc., sem a permissão ou autorização de terceiros.
O apóstata, indivíduo que pratica a apostasia, em alguns casos pode sofrer consequências negativas por seu ato de renúncia. Muitas doutrinas e partidos não aceitam a livre decisão de abandono de seus membros, que são perseguidos, discriminados ou difamados publicamente.
Etimologicamente, “apostasia” se originou a partir do latim apostasía, que significa “defecção” ou “abandono de um partido”.
Apostasia na igreja
Este termo é mais empregado para se referir ao ato de renúncia da fé religiosa.
Um dos apóstatas mais conhecidos foi Ário, que renegou o princípio católico da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo como um só ser) e criou o Arianismo.
Saiba mais sobre o Arianismo.
No âmbito religioso, existem dois tipos principais de apostasia: a apostasia de doutrinas ou ideias específicas, como aconteceu com Ário; e a apostasia total, quando o indivíduo perde totalmente a sua fé cristã e deixa de acreditar em Deus, por exemplo.
Apostasia na bíblia
Em uma passagem no livro de Tessalonicenses, na bíblia cristã, existe uma menção ao ato da apostasia, que seria a renúncia do "falso cristão" à fé, ou seja, aqueles que realmente tiverem Deus no coração e alma nunca cometeram a apostasia. 
"Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado o filho da perdição." (2 Tessalonicenses, 2:3).
ISRAEL ADÚLTERO
Caracterizado como adúltero:
(JZ 2:17; 8:27; 1CR 5:25; SL 106:39; EZ 6;9; 20:30 23:35; OS 4:12; 5:4; 9:1).
16-E tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam com os seus deuses.
COMENTÁRIO
Tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos. A proibição de Deus acerca do casamento entre Seu povo e os demais não era uma questão de preconceito. A influência das práticas religiosas imorais por aqueles que não seguiam ao Senhor era sutil, persuasiva e contínua. Uma união desse tipo consistia no caminho mais rápido para a corrupção, a falsa religiosidade e o comportamento torpe.
V.D SEPARAÇÃO.
CASAMENTO
De israelitas com estrangeiros:
(GN 24:3; 28:1; DT 7:3; JS 23:12; ED 9:12; NE 13:25).
ABANDONAR A DEUS
(2CR 15:2; ED 8;22; JR 1;16; 2:13; 5:19; 15:6; EZ 6:9; 2PE 2:15).
INFLUÊNCIA MÁ
De cristãos infiéis:
(RM 14:15; 1CO 5:6; 8:10; GL 5:9).
17-Não te farás deuses de fundição.
COMENTÁRIO
Israel já tinha, de fato, pago o preço por fabricar deuses de metal.
V.D IDOLATRIA.
AS TRÊS FESTAS
(EX 34:18-28).
18-A festa dos pães ázimos guardará; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado do mês de Abibe; porque no mês de Abibe saíste do Egito.
COMENTÁRIO
O termo Festa dos Pães Asmos remete às instruções de Êxodo 12.15-20; 23.15.
Observação: na época de Moisés, quando foi instituído, o ano começava no mês de Abib/Nisan, que corresponde mais ou menos aos nossos meses de março/abril.
Vejamos Êxodo 23:14-16 Deus diz: “Três vezes no ano me celebrarás festa: A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho”.
Só muito tempo depois o ano civil passou a se iniciar em Etanim/Tisri (setembro/outubro), como nos dias de hoje.
Abib/Nisan, é o nome dado ao primeiro mês do calendário judaico religioso e sétimo mês do calendário civil, se inicia com a primeira Lua nova da época da cevada madura em Israel. O nome Nissan tem origem babilônica ( A origem do nome Nissan vem da palavra Nitzan, o nome da flor antes de se abrir.) (inicio/abertura): na Torá o nome do mês é Abib. é o primeiro mês da primavera (primavera em hebraico, Aviv, Abibe), Este mês marca o início da primavera no hemisfério norte. Neste mês os judeus comemoram Pessach (14 de Nissan). Corresponde a março/abril no calendário gregoriano, é citado na Bíblia em:
Êxodo 12:2 “Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”;
Êxodo 23:15 “A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias”;
Neemias 2:1 “Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, quando o vinho estava posto diante dele, que eu apanhei o vinho e o dei ao rei. Ora, eu nunca estivera triste na sua presença”.
Ester 3:7 “No primeiro mês, que é o mês de nisã, no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia e para mês, até o duodécimo, que é o mês de adar”.
Os livros de Neemias e Ester foram escritos exatamente 1000 anos após o Êxodo, e o calendário ainda era o mesmo!
V.D PÁSCOA.
V.D PÃO ASMO.
V.D SETE DIAS.
19-Tudo o que abre a madre meu é, até todo o teu gado, que seja macho, e que abre a madre de vacas e de ovelhas.
COMENTÁRIO
A festa da PÁSCOA relembra as leis sobre a primogenitura, que aqui são repetidas, e apontam para a PÁSCOA de CRISTO, que morreu para nós fazer novas criaturas, portanto é hora de relembrar a lei do sábado, que celebra a divina criação.
GADOS
(GN 31:18; EX 9:4; 20:10; NM 32:1; JS 14:4; EZ 39:18).
PROPRIEDADE DIVINA
Do mundo natural:
(EX 19:5; LV 25:23; 1CR 29:14;SL 24:1; 50:10 60:7 89:11; AG 2:8).
PROPRIEDADE DIVINA
O primogênito, separado como se pertencesse a DEUS:
(EX 13:2; 34:19; LV 27:26; NM 3:13; DT 21:17; NM 10:36)..
20-O burro, porém, que abrir a madre, resgatarás com um cordeiro; mas, se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça; todo o primogênito de teus filhos resgatará. E ninguém aparecerá vazio diante de mim.
COMENTÁRIO
19-20 — A lei do primogênito pode ser encontrada em Êxodo 13.2; 22.29,30.
ASNOS
Burro, animal de carga:
(GN 22:3; NM 22:28; DT 22:10; JZ 5;10; 10:4; 1SM 9:3; MT 21:2).
CORDEIROS
Como oferta:
(EX 29:39; LV 3:7; 4:32; 5:6; NM 6:12).
V.D DAR A DEUS.
21-Seis dias trabalharás, mas ao sétimo dia descansarás: na aradura e na sega descansarás.
COMENTÁRIO
O estatuto do sábado é repetido em Êxodo 2 0 :8 -ll; 3:12-18.
V.D DESCANSO
V.D TRABALHO FÍSICO.
V.D SÁBADO.
22-Também guardarás a festa das semanas, que é a festa das primícias da sega do trigo, e a festa da colheita no fim do ano.
COMENTÁRIO
A festa de Pentecostes no Antigo Testamento
Estudo produzido pelo prof. Tércio Machado Siqueira, professor de Antigo Testamento da FaTeo
No antigo calendário israelita estão relacionadas três festas (Ex 23.14-17; 34.18-23): a primeira é a Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento.
Este estudo abordará a Festa das Colheitas ou Semanas, a partir de sua celebração no culto israelita. Seria extremamente exaustivo tentar abordar a origem dessa festa a partir dos cananeus, ou de outros povos do Antigo Oriente Médio. Todavia, é perfeitamente justo suspeitar que o costume de realizar a Festa das Colheitas pertencia aos cananeus. Há três razões que substanciam esta suspeita:
1. Os agricultores sedentários cananeus dominavam os férteis vales de Canaã quando os hebreus chegaram à Canaã;
2. Originalmente, os hebreus ou israelitas não eram agricultores, mas pastores de ovelhas, vivendo como seminômades nas montanhas centrais e estepes localizadas nas periferias das ricas regiões agrícolas de Canaã;
3. Pouco a pouco, o povo israelita veio tornar-se agricultor e sedentário.
No Antigo Testamento, a liturgia mais desenvolvida dessa festa encontra-se em Lv 23.15-21. Porém, Dt 16.9-15 mostra uma outra liturgia que reflete um diferente período e, consequentemente, um novo ambiente de celebração. Este estudo tomará como base essas duas liturgias.
Do nome
Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa festa é referida com vários nomes:
1. Festa da Colheita ou Sega - no hebraico hag haqasir. Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome. Provavelmente, hag haqasir Festa da Colheita é o nome original (Ex 23.16).
2. Festa das Semanas - no hebraico, hag xabu´ot. A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).
3. Dia das Primícias dos Frutos - no hebraico yom habikurim. Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.
4. Festa de Pentecostes. As razões deste novo nome são várias: (a) nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos - hag haqasir e hag xabu´ot - perderam as suas atualidades e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinqüenta dias depois (da Páscoa). Como o Império Grego assumiu o controle do mundo, em 331 anos antes de Jesus, é provável que o nome Pentecostes ganhou popularidade a partir desse período.
Vale a pena uma observação. Além da Festa da Colheita ou Semanas hag haqasir ou hag xavu´ot, o antigo calendário israelita apontava uma terceira festa que acontecia no período do Outono, isto é, nos meses de setembro e outubro. Na verdade, essa festa era também da colheita, porém, sega das frutas, especialmente, uva, figo e tâmara. A Bíblia Hebraica tem dois nomes para essa festa: Festa dos Tabernáculos ou Cabanas hag hasucot e Festa da Colheita hag ha`asip (a palavra asip colheita vem do verbo asap que significa colher e reunir).
Da cerimônia
Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Colheita ou Semanas ou Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:
1. a cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11);
2. a cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto (Ex 23.17);
3. o terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de "Santa Convocação" (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21);
4. no local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da terra e a Fonte de todo bem (Lv 23.11).
5. Os celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores;
6. As sete semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12).
Observação: Era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas (Lv 23.14).
Características da celebração
1. A Festa das Colheitas era alegre e solene (Dt 16.11);
2. A celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10);
3. Era uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus famíliares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu;
4. Agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt 15.12);
5. Era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21);
6. Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida...
Observação: A Festa da Colheita não celebra um mito, mas a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado.
Principais motivos da Festa das Colheitas
A Festa das Colheitas (Cabanas ou Pentecostes) não era uma cerimônia neutra, isto é, os celebrantes não se reuniam para um simples lazer ou diversão. Toda a cerimônia buscava reafirmar e aprofundar o sentido da fé em Javé, o Deus Criador e Libertador.
Aprender a fraternidade
Ao ler todas as reportagens sobre a Festa das Colheitas (Semanas ou Pentecostes) é possível captar partes da cerimônia e, conseqüentemente, sua legislação. Um dos detalhes marcantes dessa "Santa Convocação" é o fortalecimento da fraternidade entre os trabalhadores do campo, incluindo a população israelita, os servos e estrangeiros.
Aprender a ter compromisso com Deus e com a comunidade
Ao celebrar a festa, toda a comunidade aprendia a ser responsável para com a vontade de Deus e com o próximo - não somente com os irmãos de sangue e fé. O ritual da festa ensinava, pedagogicamente, que Deus é o Criador e Sustentador das leis que regem o mundo. Ele fez uma distribuição comunitária da terra e manda a chuva para hebreus e gentios, bons e maus, homens e mulheres, jovens e crianças. O ritual da festa entendia que o grande problema da humanidade é a falta de amor uns para com os outros.
Aprender a repartir os dons
Primitivamente, o povo bíblico convivia com as leis divinas de modo feliz, sem lhe causar sofrimento. Por exemplo, a festa das Colheitas ensinou a comunidade de trabalhadores do campo que se deveria entregar o excedente de sua produção agrícola para Javé, a fim de que essa oferta seja compartilhada com os menos favorecidos (Lv 25.6-7, 21-22). A pedagogia dessa lei possui uma profunda sabedoria, pois ela tem como alvo educar o povo dentro dos princípios da solidariedade e igualdade social.
Aprender a agradecer
Ao agradecer a Deus pelo dom da terra - para morar, plantar e alimentar dos frutos produzidos nela - o povo descobria os mistérios da graça divina. Ser grato pela "terra que mana leite e mel", pela cevada, trigo e outros grãos que sustentam vida representam uma alegria de enormes proporções. Além da terra, os celebrantes eram ensinados a agradecer a Deus pela instrução que disciplina e ordena a vida comunitária.
Conclusão
A Festa da Colheita ou Semanas tomou o nome de Festa de Pentecostes, a partir do Período Grego (fim do século IV antes de Cristo em diante).
Todas as festas, ao longo da história do povo bíblico, sofreram metamorfoses. São modificações e adaptações, perfeitamente normais, sofridas ao longo da história, sem contudo, perderem as colunas principais de sua estrutura de sustentação. Por exemplo, na formação cultural de Israel ocorreram metamorfoses que se refletem no nome. Assim:
... hebreu » israelita » judeu » judeu da diáspora ...
Com a Festa da Colheita ou Semanas, também, ocorreram transformações significativas:
... Festa da Colheita » Festa das Semanas » Festa de Pentecostes.
A troca do nome da festa
Originalmente, a festa recebeu o nome "Festa da Colheita", porque se tratava de uma cerimônia que girava em torno de uma sega de grãos, após o período de formação e maturação. O nome "Festa das Semanas" também faz sentido, porque ele diz respeito às sete semanas de duração da festa quando se processava a colheita de trigo e cevada.
Como parte da forte influência exercida pela cultura grega sobre os judeus, a partir do século IV, antes de Cristo, o nome "pentecostes" - cujo significado é "cinqüenta dias depois" - foi usado para substituir o nome da Festa das Colheitas ou Festa das Semanas. O livro Atos dos Apóstolos usa o nome Pentecostes (At 2.1).
Da natureza e do local da festa
Originalmente, a festa das Colheitas era agrícola. Era uma reunião de agricultores que se prolongava por sete semanas. O longo tempo de duração da festa e o nome "colheita" sugerem que os agricultores reuniam-se, originalmente, para uma sega em mutirão. Como na época dessa celebração (maio/junho) não há chuva, em Israel, os celebrantes, que moravam longe do local da colheita, se abrigavam em tendas.
Contudo, o livro de Deuteronômio apresenta duas novidades à festa: a memória da libertação do Egito e a recomendação de estudar os estatutos (a Torá de Javé) durante as sete semanas de festa. Além disso, ele fornece uma outra informação: o nome da festa para o livro de Deuteronômio é Semanas e o local é o templo de Jerusalém (16.9-12). A centralização das festas foi parte da política reformista do reinado de Josias (640-609 a.C.).
Quanto ao relato do livro Atos dos Apóstolos, o nome da festa é Pentecostes e o local é a cidade de Jerusalém, não especificando se a reunião foi realizada no Templo ou próxima a ele. Quanto ao número de pessoas presentes à festa, é possível crer que os relatos de Levítico (23.15-22) e Deuteronômio (16.9-12) sugerem um limite máximo de pessoas bem inferior ao número indicado no livro de Atos dos Apóstolos (2.1-13).
A "ecumenicidade" da festa
Basicamente, a festa, tanto no período do Antigo Testamento como no Novo Testamento, era cosmopolita, isto é, ela reunia pessoas de todas as raças e condições sociais (conforme Dt 16.11 e At 2.1-13). O que varia entre os dois relatos é a quantidade de pessoas presentes no evento: o relato de Atos dos Apóstolos fala que uma multidão estava reunida em Jerusalém, enquanto que o relato de Deuteronômio refere-se a uma presença bem menor.
A fraternidade da festa
A fraternidade era estimulada, entre os agricultores, na Festa das Colheitas, conforme os textos de Levítico e Deuteronômio. Contudo, essa fraternidade é descrita, em sua plenitude, na reunião reportada no livro de Atos dos Apóstolos, através da palavra grega koinonia comunhão (At 2.42-47). Essa comunhão entre os trabalhadores do campo, na prática, forma o mutirão para colher o trigo pronto para a ceifa.
O estudo da Bíblia na festa
Quando mais necessitava de uma disciplina comunitária, a festa das Colheitas, ou Semanas, agregou a prática de estudar a Tora (Pentateuco). No relato de Atos dos Apóstolos, há uma ausência de informação sobre o estudo da Torá.
Jerusalém como local da festa
Tudo leva a crer que, originalmente, a Festa das Colheitas, ou Semanas, era realizada na roça, particularmente, no campo de trigo. No projeto de reforma, empreendido pelo rei Josias, no século VII a.C., todas as festas foram levadas para o Templo em Jerusalém. Por que Jerusalém?
Jerusalém é a sede do governo, a capital política e espiritual;
Jerusalém é uma cidade que possui uma carga fortíssima de tradição (Sl 48);
Jerusalém encarna-se todas as contradições e conflitos;
Jerusalém é o centro de todas as tensões da vida judaica:
em Jerusalém, sente-se amor dentro da condição de ódio;
em Jerusalém, nasce a esperança em meio ao desespero;
em Jerusalém, o povo acredita que se dará a plenitude da vida;
No Novo Testamento, o sentido de Jerusalém atinge o sentido universal.
Assim, A escolha da cidade de Jerusalém, para celebrar a Festa das Colheitas, não é arbitrária.
Ensinando a importância da terra
Terra é uma palavra muito significativa na Bíblia, particularmente no Antigo Testamento (AT). Há duas importantes palavras hebraicas para terra: a primeira é adamah terra, solo, chão. Originalmente, Adamah carregava o sentido de "solo vermelho", arável e cultivável. Conforme o livro de Gênesis - "... Javé Eloim modelou o 'adam ser humano com o pó da 'adamah terra" (2.7) -o ser humano possui uma estreita relação com a terra. Essa ligação fica mais íntima quando se pensa no alimento. O alimento, como gerador da vida, tem a ver diretamente com o trabalho de o Adam ser humano e a fertilidade do adamah terra. Por isso entre o ser humano e a terra não poderá acontecer violência. Tanto o 'Adam ser humano como a' adamah terra são posses de Javé, e ambos estão sob o cuidado dEle (Gn 2.6). A segunda palavra hebraica para terra é eres, um substantivo feminino que ocorre 2.500 vezes, no A.T. Seu significado é amplo: (a) no sentido cósmico, eres possui o significado de terra em oposição ao céu, o mar e a água (SI 89.11); (b) no sentido físico, eres carrega o significado de solo, sobre o qual o ser humano vive, planta e colhe os frutos (Dt 26.9); (c) no sentido geográfico, eres designa determinadas regiões e zonas (Jr 16.13); (d) no sentido político, eres indica a soberania de determinados clãs, tribos, estados e povos (Is 9.1) e, por fim, (e) o sentido teológico, quando eres é definida como posse de Deus (Lv 25.23). Como uma propriedade divina (Os 9.3), a terra espera de seu usuário uma forte disciplina e uma profunda espiritualidade. Para tanto, a violência contra a terra é considerada uma desobediência a Javé (Jr 2.7).
Resumindo
Pentecostes é uma festa adotada pelo Cristianismo ao Judaísmo. Em primeiro lugar, a palavra festa (hag, no hebraico) significa fazer um círculo. Isso revela o sentido primitivo de festa, isto é, uma reunião comunitária (Êx 5.1). Nela, o povo celebrante reunia, especialmente, para estudar os textos sagrados que, mais tarde, viriam a ser a Bíblia. Em segundo lugar, o nome Pentecostes vem da língua Grega e significa cinqüenta dias depois, a saber, da festa da Páscoa. Originalmente, esta festa possuía três nomes hebraicos: festa das Semanas, festa das Colheitas ou Dia das Primícias. Estes três nomes revelam um pouco do conteúdo da festa: era agrícola e situada no período das colheitas. A troca de nome para Pentecostes deu-se a partir do período grego (333-63 anos antes de Cristo), quando a Grécia dominou culturalmente o mundo. O mais primitivo motivo desta festa foi gratidão a Deus pelo dom da terra. Posteriormente, o povo bíblico incorporou o motivo de gratidão pela doação da Torá (450 anos antes de Cristo). A Torá é a instrução divina por excelência, contida no Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia). Provavelmente, a festa de Pentecostes, descrita em Atos dos Apóstolos 2, celebrava a doação da Torá. Os salmos 19 e 119 mostram que a manifestação do Espírito Santo está diretamente relacionada ao estudo da Torá.
PENTECOSTES
Ou festa das semanas, realizava-se ao fim da cega do trigo, ou dia 6 do terceiro mês, SIVÃ (junho), para comemorar a entrega da lei:
(EX 23:16; 34:22; LV 23:16; NM 28:26; DT 16:10; AT 2:1).
V.D TABERNÁCULO.
23-Três vezes ao ano todos os homens aparecerão perante o Senhor DEUS, o Deus de Israel.
FESTAS JUDAICAS
(EX 23:14; LV 23:2; NM 15:3).
24-Porque eu lançarei fora as nações de diante de ti, e alargarei o teu território; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para aparecer três vezes no ano diante do SENHOR teu Deus.
COMENTÁRIO
22-24— As instruções concernentes às três festas anuais são comentadas em Êxodo 23.14-17. A fiel participação nessas celebrações estava ligada à promessa de Deus no versículo 24, que tinha por finalidade preservar as pessoas na terra.
V.D PROTEÇÃO DIVINA.
V.D CANAÃ.
25-Não sacrificarás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem o sacrifício da festa da páscoa ficará da noite para a manhã.
V.D FERMENTO.
V.D PÁSCOA.
26-As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do SENHOR teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
PROPRIEDADE DIVINA
As primícias exigidas:
(EX 22;29; LV 2:12; NM 18:12 DT 18:4; 26;2; NE 10:35; PV 3;9;RM 11:16; 16:5; 1CO 15;20; TG 1:18). 
27-Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras; porque conforme ao teor destas palavras tenho feito aliança contigo e com Israel.
COMENTÁRIO
25-27 — No texto em hebraico, a estrutura gramatical usada para expressar o comando escreve estas palavras dá uma conotação de ordem oficial (veja o comentário em Ex 17.14; 24.4). Tal expressão pode ser parafraseada como: “Escreva!”, isto é, “Faça você!” Este é o concerto de Yahweh com Israel no monte Sinai (algumas vezes chamado de aliança mosaica; veja os comentários em Ex 19.5,6; 24.1-8;31.12-18; 34.10). O escrito de Moisés nestes versículos é um notável atestado da verdade bíblica.
V.D ALIANÇA DIVINA.
V.D ESCRITA.
28-E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.
COMENTÁRIO
O período de quarenta dias e quarenta noites se equiparou à anterior jornada no Sinai (Ex 24-18). Durante esse tempo em que Moisés esteve com Deus, não comeu pão, nem bebeu água. Um indivíduo pode sobreviver sem comida por algumas semanas, mas ninguém sobrevive sem água por mais de quatro ou cinco dias. Moisés não bebeu nenhum tipo de líquido por 40 dias. Logo, sua sobrevivência foi um milagre do Senhor. È possível que o profeta tenha estado em uma “esfera” celestial durante esse longo período? Não sabemos. Somente temos certeza de que o S e nhor manteve Seu servo vivo de alguma forma! Então, Ele escreveu [...] os dez mandamentos, que eram novamente equivalentes às palavras do acordo. O Escritor foi o próprio Senhor (Êx 31.18; 32.15,16; 34.1,4).
V.D JEJUM.
V.D DECÁLOGO.
V.D QUARENTA DIAS.
O ROSTO DE MOISÉS RESPLANDECE.
(EX 34:29-35)
29-E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia depois que falara com ele.
30-Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele.
COMENTÁRIO
As pessoas tiveram medo de aproximar-se de Moisés. Com tudo o que elas haviam visto e ouvido, tinham suas razões para estarem cautelosas.
ROSTOS BRILHANTES
(EX 34:30; EC 8:1; MT 17:2; 28:3; AT 6:15; 2CO 3:7).
31-Então Moisés os chamou, e Arão e todos os príncipes da congregação tornaram-se a ele; e Moisés lhes falou.
32-Depois chegaram também todos os filhos de Israel; e ele lhes ordenou tudo o que o SENHOR falara com ele no monte Sinai.
COMENTÁRIO
31,32 — Moisés procurou acalmar o medo das pessoas e transmitir os mandamentos que o Senhor o havia mandado proclamar.
V.D INSTRUÇÃO.
33-Assim que Moisés acabou de falar com eles, pôs um véu sobre o seu rosto.
V.D VÉU.
34-Porém, entrando Moisés perante o SENHOR, para falar com ele, tirava o véu até sair; e, saindo, falava com os filhos de Israel o que lhe era ordenado.
V.D COMUNHÃO COM CRISTO.
V.D OBEDIÊNCIA.
35-Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, e que resplandecia a pele do seu rosto; e tornava Moisés a pôr o véu sobre o seu rosto, até entrar para falar com ele.
COMENTÁRIO
33-35 — O véu que Moisés usou ocultava sua face resplandecente. Esse brilho sobrenatural era realçado em cada subsequente encontro com o Senhor. Paulo ensinou que Moisés usou o véu por causa do resplendor de seu rosto, um sinal de glória imperfeita (2 Co 3.7,13).
V.D ROSTOS BRILHANTES.

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